19 junho 2005

Eddie rips up Lisbon (16-06-2005)

"I remember it as plain as day although it happened in the dark of the night.
I was strolling through the streets of Paris, it was cold, it was starting to rain.
And then I heard a piercing scream and I rushed to the scene of the crime
but all I found was the butchered remains of two girls laying side by side."

Neste meu relato do acontecimento cultural metaleiro do ano, pelo menos para os Neometaleiros (porque não fomos ver a reunião de Judas Priest, chuif!), vou apenas restringir-me ao que interessa, ou seja, o mini-concerto de Dragonforce e o concerto de Iron Maiden (que também soube a pouco!).
Relativamente aos Dragonforce, tenho de admitir, de modo geral, que não sou apreciador desta variante do Metal, o chamado Power Metal, e particularmente em relação à banda em questão muito menos apreciador sou. Como também não conheço muito da carreira desta banda, só o que li num folhetim que era distribuído à saída do concerto, vou apenas comentar o próprio concerto, anterior ao que a malta queria mesmo ver. Há que dizê-lo com frontalidade, aquela bateria enjoa como o caraças! Para além de a batida ser sempre a mesma, abafava todos os outros instrumentos de maneira que mal se ouviam as guitarras e pouco do baixo mas isto já é um problema da mesa de mistura do som. Em relação à voz do vocalista, também deixava um bocado a desejar e para variar mal se percebia o que o gajo dizia por causa da bateria! O único ponto em que não estiveram tão mal foi no animar do público, conseguiam puxar bem pelo pessoal! Mas pronto, aquela meia horita passou num instante, uns gostaram mais que outros mas o pior de tudo foi mesmo o intervalo. Caraças que custou a passar!
Estava eu distraído à conversa com o colega Undertaker, quando de repente, as luzes se apagam, acendem-se dois focos de luz e começam-se a ouvir os acordes de "The Ides Of March" enquanto que um triângulo com o Eddie do Killers ía subindo ao centro do palco (ver foto). O público entra logo em delírio! Em seguida, começa logo a bombar "Murders In The Rue Morgue", que o pessoal que nos rodeava aproveitou para começar logo a primeira sessão de mosh da noite. Estava tanto calor lá dentro que começou a faltar logo o ar a alguns neometaleiros. Em seguida, fomos presenteados com mais uma velhinha, "Another Life", depois veio o "Prowler", que com as três guitarras ficou um espectáculo, e em seguida veio o "Trooper", para alegria do DarkMelgus, que por esta altura já tinhamos perdido de vista, bem como o Undertaker. De assinalar a roupa que o chefe Crube trazia vestido, a imitar o uniforme dos soldados da Brigada Ligeira britânicos, na Guerra da Crimeia (eu também quero um!). Depois tivemos o momento mais emocionante da noite: "Remember Tomorrow" dedicada a Manu da Silva, recentemente falecido. Sinceramente, em nenhum dos álbuns que cá tenho ao vivo (em CD e DVD) ouvi esta música tocada com tanto sentimento, caraças! Ainda me saltaram umas lágrimas ao canto do olho! Simplesmente lindo! Em seguida tivemos o hit preferido do Undertaker: "Run To The Hills", mas aqui nada de especial a acrescentar, o básico. A seguir veio "Wrathchild", "Revelations" (não, desta vez não me voaram os óculos!), e depois veio a primeira brutidade da noite: "Where Eagles Dare". Primeiro ouviu-se o som de metralhadoras e explosões e depois é que foi um ribombar de guitarras e bateria. Mãezinha, que poderzorro! Em seguida veio uma das nossas preferidas ao vivo, desde o último concerto: "Die With Your Boots On". E depois fomos brindados com uma música que não era tocada em Portugal há vinte anos e que se veio revelar a segunda brutidade da noite: "Phantom Of The Opera". Epá aquele ínicio com as três guitarras impõe respeito! Depois veio o clássico "Number Of The Beast" que trouxe umas novidades em termos de animação do palco: uma besta sentada a um dos cantos do palco, um bode bastante sinistro que olhava para todas as zonas do público com o seu olhinho azul brilhante e que foi a manifestação mais satânica que já vi nos gajos, e umas brutas dumas chamas verdadeiras lá atrás, já no final da música. Em seguida tivemos o tradicional "Hallowed Be Thy Name" e aquela que não podia faltar, the "Iron Maiden"! Nesta última surgiu em fundo a metade do Eddie que já tínhamos visto na última vez que eles cá estiveram: o Eddie prateado com os braços presos numa camisa de forças e a balouçar os braços! Como já se adivinhava, veio em seguida um encore que também ele foi dedicado ao Manu da Silva já que seria constituído por músicas num rock 'n roll mais preferido por ele: "Running Free", "Drifter e "Sanctuary". E com muita pena nossa o concerto ficou-se por aqui! Lá voaram as baquetas e os wristbands com um "adeus até para o ano!"
Comentários finais: cantámos até ficar roucos, pulámos até ficar sem forças nas canetas, e como estávamos metidos no meio do mosh pit, fomos amassados até dizer chega, perdemos de vista membros da irmandade neometaleira para só os ir encontrar no final. É de acrescentar ainda o sermão que o chefe Bruce deu ao pessoal que preferia estar a empurrar os outros do que a ouvir a música e que se eles não parassem com aquilo era ele mesmo que saltava lá para baixo e parava-os com os seus punhos! Graças a essa gente, tive de limpar as lentes dos óculos várias vezes porque escorriam água da transpiração bem como a minha t-shirt. No final do concerto, lá procurámos os marroquinos com o merchandise mas como a bófia andava a expulsá-los foi difícil. Só encontrei um escondido num recanto debaixo de uma escada do Vasco da Gama, e sem querer fiz um negócio da China, ou será melhor dizer de Marrocos? Como o gajo tinha tanta gente de volta dele, descontrolou-se, coitado, e em vez de me dar uma t-shirt deu-me duas, ou seja, paguei uma trouxe duas! Foi um dia bastante proveitoso e memorável!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mim querer a tshert extra, mim não ter dinhero para andar a dar cosas de bonus, que falta de chá verde! Faça favor de devolver essa tshert para:

Al-Marrocos, Beco da Vigarice, lote 49, 90671-134 Marrocos

11:00 da manhã  
Blogger ramalho1979 said...

Grande post, acho que não há nada a acrescentar.
Já agora, só é pena que existam tipos que vão a Concertos tipo como dos Iron Maiden, só para baterem e empurrarem, em vez de ouvirem o concerto!!!

Up the irons

2:12 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home